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Ainda temos o r minúsculo:  

O romantismo

Resumo da página:

*O romantismo

*Razões do coração

*Poemas

    A vida não é feita somente de momentos racionais, mas também de poesia, beleza e emoção. Como o romantismo grafado com r minúsculo , que nada mais é do que ver paixão em todos os lugares e de todas as formas possíveis.

    Seja no trabalho, na escola ou mesmo nas ruas, o romantismo está presente de alguma forma. Nas atitudes gentis de uma pessoa, na caridade da ajuda humanitária, nas obras de arte, nas cores do nascer e do pôr do sol, na noite estrelada, no perfume de uma flor.

    Sem ele a vida seria vazia, cinza e rodeada de tristeza. Imagine não termos o canto das aves de manhã, não vermos mais a pessoa amada, não sentirmos um delicioso abraço de um amigo ou então nem conseguirmos observar a natureza com sua perfeição e harmonia.

    Olhar com outra perspectiva sobre o mundo é tão crucial quanto respirar, porém para que isso ocorra precisamos dele, pois é ele que nos traz sensibilidade, nos provoca a refletir e aprender de uma maneira diferente e que nos motiva a sonhar e imaginar um mundo novo.

E onde está Teorema do amor?

“O coração tem razões que a própria razão desconhece"

 

    Diferente das razões convencionais, as razões do coração não possuem lógica ou qualquer explicação. Não são coerentes e quase sempre se contradizem. Fazem-nos viajar aos limites da imaginação ao passo que nos causam sofrimento e uma dor angustiante que penetra no fundo do peito.

    Nem sempre a razão lógica é útil, especialmente quando se trata de viver intensamente. As razões que provém do coração possuem uma maneira especial de se expressarem, nos fazendo agir como loucos insanos.

    Nosso coração age por rotas pelas quais nossa razão não chega perto, mas por que ela não chega? Por medo, medo do que acontecerá após este ato, porque para a racionalidade o certo é o que se mede, é o concreto, é o coerente, é o que você sabe como começa e como termina. O coração se manifesta por maneiras pelas quais, muitas vezes, não esperamos, por isso que a razão o desconhece.

    A real poesia da vida não está nas riquezas que se acumula, mas sim nas experiências que se absorve, mas como podemos ter grandes experiências para se absorver se agirmos apenas com a razão? Não há como viver se não estiver aberto para tudo. Qual seria a graça de acordar todas as manhãs sabendo como seria o dia todo? Agir com as incertezas, insanidades e surpresas do coração não é um erro, mas sim a melhor maneira de aproveitar a poesia da nossa própria história.

 

*O nome dela era poesia

Dia mundial da poesia 21/03

O amor que se sentia
Hoje vira dor e poesia.

O medo pelo qual era calado
Hoje é transformado em coragem e poesia.

A lágrima que caía
Hoje vira sorriso e poesia.

As dúvidas que dizia ter
Hoje são belezas de uma certeza e poesia.

O cabelo bagunçado do rapaz ali parado
Hoje é moda e poesia.

Para quem amou ou foi amado
Tudo é nada menos que poesia.


Mariana Rios.

*Uma mente

Uma mente,
Que sofre e que sente,
Que cala e consente, 
Que sonha contente, mas vive pendente em viver sorridente. 

Um coração, 
Que grita com clamor,
Que sente com ardor, 
Que age sem pudor,
Que trata com amor, mesmo sentido o doce gosto do puro amargor.     

Uma alma,
Que ama e que chora,
Que se derrama e implora,
Que está sujeita a demora,
Mas, mesmo assim, espera e ainda comemora. 

Uma confusão, 
Que se inicia, mas não sabe-se a razão.
Que tem por si, um início, mas não ouve-se falar da conclusão.
Que por hora demonstra amor, noutra hora já nos traz decepção.
Como compreender um sentimento repleto de oposição, numa hora você sorri, noutra hora põe-se a a chorar, com o coração em exposição.

 

Amanda Carolina.

 

 

*Sonhando

Um dia, oh linda, embalada
Ao canto do gondoleiro,
Adormeceste inocente
No teu delírio primeiro,
- Por leito o berço das ondas,
Meu colo por travesseiro!

Eu, pensativo, cismava
Nalgum remoto desgosto,
Avivado na tristeza
Que a tarde tem, ao sol-posto,
E ora mirava as nuvens,
Ora fitava teu rosto.

Sonhavas então, querida,
E presa de vago anseio
Debaixo das roupas brancas
Senti bater o teu seio,
E meu nome num soluço
À flor dos lábios te veio!

Tremeste como a tulipa
Batida do vento frio...
Suspiraste como a folha
Da brisa ao doce cicio...
E abriste os olhos sorrindo
Às águas quietas do rio!

Depois - uma vez - sentados
Sob a copa do arvoredo,
Falei-te desse soluço
Que os lábios abriu-te a medo...
- Mas tu, fugindo, guardaste
Daquele sonho o segredo!...

 

Casimiro de Abreu.

Metáfora:

"Seu sonho era um cofre"

*Amor

Amemos! Quero de amor 
Viver no teu coração! 
Sofrer e amar essa dor 
Que desmaia de paixão! 
Na tu’alma, em teus encantos 
E na tua palidez 
E nos teus ardentes prantos 
Suspirar de languidez! 

Quero em teus lábio beber 
Os teus amores do céu, 
Quero em teu seio morrer 
No enlevo do seio teu! 
Quero viver d’esperança, 
Quero tremer e sentir! 
Na tua cheirosa trança 
Quero sonhar e dormir! 

Vem, anjo, minha donzela, 
Minha’alma, meu coração! 
Que noite, que noite bela! 
Como é doce a viração! 
E entre os suspiros do vento 
Da noite ao mole frescor, 
Quero viver um momento, 
Morrer contigo de amor!

 

Álvares de Azevedo.

Metáfora:

"O amor é um templo, onde ao abrirmos o coração, prevalece a emoção e querendo ou não, sai a razão."

 O estilo e o sentimento

Romantismo

Blackheart - Two Steps From Hell
00:00

@2016 Orgulhosamente pela turma do 2ºC do CEMTN. 

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Quando em meu peito rebentar-se a fibra,

Que o espírito enlaça à dor vivente,

Não derramem por mim nem uma lágrima

Em pálpebra demente.

 

E nem desfolhem na matéria impura

A flor do vale que adormece ao vento:

Não quero que uma nota de alegria

Se cale por meu triste passamento.

 

Eu deixo a vida como deixa o tédio

Do deserto, o poento caminheiro

- Como as horas de um longo pesadelo

Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

 

Como o desterro de minh'alma errante,

Onde o fogo insensato a consumia:

Só levo uma saudade - é desses tempos

Que amorosa ilusão embelecia.

 

[...]

Contexto Histórico do Romantismo e estilo: 
  O   Romantismo   está   ligado   a   dois   acontecimentos:   a   Revolução   Francesa   e   a   Revolução  
Industrial,   responsáveis   pela   formação   da   sociedade   burguesa.   Depois   da   revolução   francesa  
(1787­1789),   seguiu­se   uma   época   de   rápidas   e   profundas   mudanças   no   mundo   europeu.A  
sociedade se tornou muito mais complexa. 
  No   romance   Werther,   de   Goethe,   Alemanha   1774,   estabeleceu   as   bases   do   sentimentalismo  
romântico e do escapismo pelo suicídio. 
  O   Romantismo   na   Inglaterra:   a   poesia   ultra­romântica   de   Lord   Byron   se   manifesta   nos  
primeiros anos do século XIX, Também para o romance histórico Ivanhoé, de Walter Scott. 
Na   Europa   figuram   entre   as   primeiras   obras   do   início   da   revolução   romântica   os   livros  
Manon   Lescaut   ­   1731,   de   abade   Prévost,   e   a   história   de   Tom   Jones,   de   Henry   Fielding   ­  
1749. 
  O   romance   vem   das   composições   populares   e   folclore   escrito   em   latim   vulgar,   em   prosa   ou  
em   verso   e   que   relatavam   fantasias   e   aventuras.   Tomou   o   sentido   atual   no   século   XVIII,   após  
passar   pelas   formas   de   "romance   de   cavalaria,   romance   sentimental,   romance   pastoral",   na  
Europa. 
  No   início,   todos   os   movimentos   em   oposição   ao   clássico   eram   considerados   românticos.  
Dessa   maneira,   os   modelos   da   Antiguidade   Clássica   foram   substituídos   pelos   da   Idade   Média,  
quando surge a burguesia. 
  Com   a   valorização   do   folclore   e   do   nacional,   a   arte,   de   caráter   erudita   e   nobre,   extrapola   as  
barreiras   impostas   pela   Corte   e   ganha   o   povo.   Tornando­se   acessível   a   todos,   não   só   a   Corte  
que financiavam sua produção.   O   aspecto   formal   da   prosa   é   deixado   de   lado   e   a   poesia   caracteriza­se   pela   liberdade   dos  
versos livres, sem métrica e sem estrofe, brancos e sem rima contrariando o classicismo. 
  No   Romantismo   temos,   diferente   do   classicismo:   Liberdade   de   formas,   tanto   na   prosa   como  
no   verso;   individualismo   e   o   subjetivismo,   contrapondo­se   a   impessoalidade   e   objetividade  
clássicas;   o   advento   do   cristianismo,   contrário   ao   paganismo   clássico,   imaginação   versus  
Inteligência;   sensibilidade   versus   razão;   folclore   versus   erudição;   liberdade   versus   disciplina;  
imagem   sentimental   e   subjetiva   do   homem   e   da   mulher;   versos   livres   e   brancos   contrários   ao  
perfeccionismo da forma clássica. 
  O   nacionalismo   surge   com   os   românticos   que   incentivam   a   exaltação   da   natureza   pátria,   o  
retorno   ao   passado   histórico   e   a   criação   do   herói   nacional.   Enquanto   na   Europa   os   heróis  
nacionais   são   belos   e   valentes   cavaleiros   medievais,   na   brasileira,   por   exemplo,   são   os   índios,  
igualmente belos, valentes e civilizados. 
Exaltação   da   natureza,   vista   como   extensão   da   pátria   ou   refúgio   fora   dos   centros   urbanos.  
Ganhando contorno do prolongamento dos escritores, poetas e de seu estado emocional. 
  O   sentimentalismo,   a   supervalorização   das   emoções   pessoais,   o   subjetivismo   e   egocentrismo  
estão   entre   as   marcas   principais   do   Romantismo.   Os   poetas,   assim,   se   colocavam   como   centro  
do universo. 
  A   frustração   e   o   tédio   são   produzidos   no   universo   particular   do   poeta   que   sente   a   derrota   do  
ego.   As   expressões   frustradas   da   realidade   por   meio   do   abuso   de   álcool   e   ópio,   a   idealização  
da   mulher,   da   sociedade   e   do   amor,   bem   como   a   saudade   da   infância   e   a   busca   constante   por  
prostíbulos são características particulares do movimento romântico. 

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